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De onde vem?

De onde vem?

Você já se perguntou de onde vem seu alimento? Ou você acha que vem da caixinha da prateleira do supermercado? Você sabia que um alimento normalmente vem de uma semente, que foi cultivada, precisou de luz, água, solo e condições adequadas para crescimento? Depois foi colhida, transportada, às vezes transformada até chegar no supermercado e finalmente à sua mesa? Você deve estar se perguntando por que escrevo isso, pois é óbvio que todos sabemos disso. Mas infelizmente, digo que não, nem todo mundo sabe. Muitos habitantes dos grandes centros urbanos não fazem ideia do que é ambiente natural, não fazem ideia, muitas vezes, do que é uma fruta, verdura ou legume, quanto mais o que é produzir, plantar um alimento. Não à toa vemos tantos textos, programas de TV, vídeos no Youtube, e em tantas outras mídias falando de comida, de como comer etc. Sim, a mídia, sempre ela, nos dizendo o que devemos fazer. “Mas ai…”, pobres de nós, se hoje não buscarmos as fontes das informações! Há muita coisa boa sendo dita nas mídias, mas também há muita coisa que só faz, na verdade, um desserviço de comunicação, por nos dar informações erradas a todo momento. Mídia é poder, poder de influência. Influência interfere no seu consumo, e o seu consumo faz a indústria girar. Informação é veiculada, na maioria das vezes, através  de venda, ou seja, pagam para estar na Televisão e dizer a você o que é o certo na hora de colocar alimentos em seu carrinho do supermercado. E quem paga? Oras, a indústria que quer te vender seus fabulosos produtos! E ela vem para você travestida normalmente de alguma personalidade carismática e aclamada pelo público. Grandes chefs, apresentadores de TV, atores, enfim, celebridades nas quais você confia. E você se pergunta: Porque elas te dariam uma informação tão ruim, não é mesmo?! Nem eu sei, estou me perguntando também até agora.

Diante desse cenário, um tanto quanto catastrófico, sentir angústia é normal, mas é dela que vem a curiosidade de buscar “novos caminhos”, que de novos, na verdade, não tem nada. Basta olhar para o modo de viver e hábitos alimentares de um passado não muito distante, uns 60 anos atrás, e encontraremos uma parte da resposta. Recuperar tradições esquecidas, aquelas das nossas bisavós, avós, tias-avós, vizinhos, amigos distantes. A vida não era um mar de rosas, nem devemos querer voltar a essa época de forma nostálgica, mas sim ver o que tínhamos de bom e como conciliar aqueles bons hábitos na sociedade urbana atual, que está acomodada.

Para começar, que tal eliminar a ideia pré concebida de que a natureza está lá, longe de nós, uma ideia separatista de que existe um nós, seres humanos, e o meio ambiente? Somos parte dele, inclusive do ambiente urbano, todos somos meio ambiente!

O hábito mais saudável, por assim dizer, e tão esquecido é o de ter uma horta em casa. Eu sei, vida de apartamento não é fácil, nem sempre dá, nem sempre tem luz e espaço suficientes. Mas e o telhado do prédio? A laje do vizinho? Quem tem uma pequena horta já se livra da despesa semanal de um hortifruti, diminui a dependência do supermercado e tira automaticamente alimentos cheios de agrotóxicos da sua mesa.

E, ainda temos eles, os químicos, que chegaram com força na agricultura e transformaram radicalmente ambiente e saúde pública. Mas vamos deixar esse assunto para um próximo post.

Hoje fica a dica de fazer uma horta em casa, que não tem nada de difícil. As aromáticas e as verduras são ótimas para iniciar o cultivo dentro de casa. É só começar, você vai ver como é boa a sensação de plantar, cuidar, ver crescer e consumir seu próprio alimento! Boa sorte!

@chefcarolsa

 

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